Berthe, a contrita

R$ 35,00

Autor: Honoré de Balzac
Brochura – 13×20 cm – 108 págs
ISBN 978-65-85570-03-9

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Sempre me pareceu que o seu mérito principal era ser um visionário e um visionário apaixonado. Todos os seus personagens são dotados do ardor vital com o qual ele mesmo foi animado. Toda a sua ficção é tão colorida quanto os sonhos. Do cume da aristocracia às terras baixas da plebe, todos os atores de sua comédia são mais amargos à vida, mais ativos e espertos na luta, mais pacientes no infortúnio, mais gananciosos no gozo, mais angelicais em devoção do que a comédia do mundo real nos mostra. Em suma, todo mundo em Balzac, até os porteiros, tem genialidade. Todas as almas são almas carregadas de vontade até o topo. Isso é o próprio Balzac. E como todos os seres do mundo externo se ofereciam aos olhos de sua mente com um alívio poderoso e trejeitos impressionantes, ele tornava suas figuras convulsivas; ele escureceu as sombras e iluminou as luzes. O seu gosto prodigioso pelos pormenores, que é devido a uma ambição desmesurada de ver tudo, para tornar tudo visível, para adivinhar tudo, para fazer tudo adivinhar, obrigou-o a marcar com maior força as linhas fundamentais, para salvar a perspectiva do todo. Às vezes me faz pensar naqueles aquafortistas que nunca estão felizes com o resultado, e que transformam em ravinas as principais escoriações do tabuleiro. Esta surpreendente disposição natural gerou maravilhas. (Charles Baudelaire)

 


Sobre o autor

Honoré de Balzac foi um dos mais prolíficos escritores de toda a literatura francesa. Nasceu em 20 de maio de 1779. Oriundo de uma família de origem camponesa, ascendeu socialmente na época da Revolução e durante o Império (1804-1814). Na juventude estudou Filosofia e Direito. Estreou literariamente, em 1819. Entre 1820-25, escreveu as obras juvenis, sempre sob pseudônimos. Em seguida, aventurou-se num empreendimento editorial, montando uma tipografia, e publicou clássicos franceses, incluindo as obras de Molière. Embora conseguisse fazer publicações baratas, o negócio fracassou e muitos dos livros foram vendidos a preço papel velho. Essa falência, das muitas que marcaram os projetos que tentou erguer ao longo da vida, foi o início das dívidas que o acompanharam para sempre. O sucesso veio com Le dernier Chouan, quando começou a assinar “Balzac”. Passou a frequentar os salões da sociedade e, em 1831, segue-se o sucesso de A Pele de Onagro, que marcou seu percurso como escritor. A consagração indiscutível surge com Pai Goriot (1834). Mas é com As Ilusões Perdidas (1837) que se firma definitivamente como o mestre absoluto do realismo.  Entre 1842-48, Balzac compôs a obra colossal que marcou a literatura produzida na França para sempre, A Comédia Humana, a série de livros que delineou o vasto panorama da sociedade francesa. Faleceu em 18 de agosto de 1850 e foi enterrado no cemitério Père-Lachaise, com o discurso fúnebre feito por Victor Hugo.

Peso 0,100 kg
Dimensões 13 × 20 × 0,8 cm